05 outubro 2015

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

 Como Levar Inteligência Às Emoções;
“Todo homem nutre reminiscências que não contaria a ninguém mais além de seus amigos. E, algumas questões não revelaria nem mesmo aos amigos, guardando-as apenas para si, sigilosamente. Porém, há certas coisas que o homem teme expressar até para si mesmo, e todo homem decente armazena um grande número dessas últimas em sua mente”. (Fyodor Dostoievsky).

Ansiedade, medo, amor, ódio. Nosso dia-a-dia é uma soma de emoções diferentes que nos assaltam, às vezes, de forma inexplicável. As pessoas costumam enganar-se quando se trata das razões íntimas de suas atitudes e sentimentos; quando não há um estimulo evidente e plausível, as pessoas criam razões e acreditam nelas. As explicações baseiam-se na reação produzida e não no conhecimento do porquê de tais reações. As reações são produzidas por sistemas de atividade Inconsciente, responsável por complexas avaliações de crenças, valores e atitudes.
As lições emocionais aprendidas na infância, em casa e na escola, modelam circuitos emocionais, tornando o indivíduo mais apto, ou inapto, nos fundamentos da Inteligência Emocional. A infância e adolescência são janelas críticas de oportunidade para determinar os hábitos emocionais que irão governar o destino do indivíduo.
O impulso, o sistema Inconsciente, é o veículo da emoção. A semente de todo impulso é um sentimento explodindo para expressar-se em ação, o sentimento esmaga toda a racionalidade. A capacidade de controlar os impulsos é a base da força de vontade e do caráter; adquiridos através do conhecimento das próprias motivações. 
Inconsciente não julga e não elabora – apenas aceita e executa – de acordo com seu entendimento e apreensão primária, cuja alfabetização foi rudimentar e empobrecida em seus significados. Tudo o que acontece em nosso mundo interno (e externo) estará de acordo com impressões feitas ao Inconsciente.
Não há espaço/tempo, na mente Inconsciente – que tudo sabe e tudo vê; e tudo fará para que se realize o desejo nela impregnado – seja em que tempo for. O Inconsciente, - sujeito oculto em cada indivíduo, - orienta-o em todos os atos e pensamentos; e, um Inconsciente contaminado e empobrecido por crenças e valores distorcidos, levará ao caos e ao sofrimento.
O problema não está na emocionalidade, mas, na adequação das emoções em sua manifestação. A emoção ocupa lugar de destaque e importância na evolução humana. Todas as emoções, em essência, são impulsos para agir. Em situações traumáticas, seleciona e reage apenas a determinadas percepções relativamente indolores e supervalorizas, conscientemente; para ocultar percepções mais terrificantes, - relacionada às escolhas e pobreza das opções Inconscientes. Coloca-se, então, em um estado de “blindagem” emocional. Barra da consciência impulsos indesejados, qualquer de seus derivados, sejam eles recordações, emoções, desejos ou fantasias de realização de desejo. Coloca-se em um estado de inércia emocional, intocável, há a interrupção do circuito pensamento/afeto, consequentemente há ineficiência emocional para reprimir as “fortes emoções” que serão deslocadas, muitas vezes, para seu oposto. Um estado de humor pode ser encobridor de estados de ânimo mais dolorosos.
Cada emoção/pensamento prepara o corpo para um tipo de resposta muito diferente. Cada emoção oferece uma disposição distinta para agir, (ou não), impulsos arraigados para agir divorciado de uma reação afetiva óbvia. A Racionalidade Consciente, com capacidade de ponderar e refletir; dissocia-se da Mente Emocional, sistema de conhecimento impulsivo e poderoso, embora às vezes ilógico para a mente racional consciente. Determinadas emoções “inaceitáveis”, serão negadas, com formação ansiosa de nova emoção “aceitável”, a fim de contradizer a primeira não satisfatória.
 A forma de pensar, agir e sentir, que desencadeia reações inadequadas, condicionadas, inconscientemente, de forma alguma foi descartada, apenas não se tornará evidente enquanto reação, foi apenas reprimida, e de forma modificada e travestida ressurgirá contraria ao desejo, em qualquer outra situação que requeira investimento emocional semelhante.
A inaceitabilidade de uma emoção é a memoria condicionada ao esquecimento de sua origem Inconsciente, a “memória emocional” causadora de emoções infantis, serão sentidas como “inadequadas” no momento atual da vivência do indivíduo. A memória assertiva e explicita é o resultado da “memória de uma emoção” em sua origem, trazida ao Consciente pela elaboração, cuja experimentação levará a diversificar, criar novos caminhos de exploração, melhores e mais produtivos.
As duas instâncias, Consciente e Inconsciente, deveriam operar em estreita harmonia. A emoção deveria alimentar e informar as operações racionais, e a racionalidade refinar, e, às vezes, vetar o insumo das emoções avaliando-as, ponderando e dando-lhes melhor destino.
Das paixões surge o desequilíbrio, a emocionalidade toma o comando e inunda a racionalidade.
As experiências emocionais conscientes constituem um dos aspectos e não a função principal dos sistemas que a produzem. Isso não torna menos real ou importante a experiência de amor, medo, tristeza ou medo, mas significa tão-somente que, se quisermos entender e promover saúde e a Inteligência Emocional deveremos entender de onde vêm as vivência emocionais, as “memória de uma emoção”, cavar mais fundo na subjetividade da mente Inconsciente – levar inteligência às emoções.

“Eu via a face do inimigo, era a minha própria” – prov. Oriental.  

17 maio 2011

Ajuste nos relacionamentos:

Quem sou eu e quem é o outro?

Até que ponto eu vejo o outro como outra pessoa, até que ponto perco a objetividade e o vejo como um espelho de mim?

Todos nós tendemos a projetar coisas de nossas almas sobre as outras pessoas, em maior ou menor grau, e em alguns momentos específicos.

A avaliação daquilo que tanto se critica ou elogia em seu próximo, está realmente no outro ou é algo seu que se encontra projetado?

A forma de existir de uma pessoa, suas observações e representações no curso da vida, representam uma expressão de todo o seu passado, e o caráter é a totalidade de hábitos, de pensamentos e sentimentos, e, do modo de agir com os quais nos identificamos; que formam parte de nossa auto-imagem, a maneira pelas quais o ego combina as suas diversas tarefas a fim de encontrar soluções satisfatórias para determinadas situações difíceis.

Ao observar a forma como se vê o outro, os pensamentos produzidos por essa visão, são verdadeiros ou mágicos? Qual dessa realidade predomina nos pensamentos (mesmo que seja critica ou exultação)? A auto-imagem projetada, ou introjetada desse Outro? É inveja, desejo de ser ou destruir?

Ao se perceber, dentro de uma realidade autentica, pode-se ter um vislumbre do próprio lugar, diante da situação apresentada no momento. Porém, se predomina o pensamento mágico (fantasias alucinatórias de si mesmo), estamos diante de um sintoma, onde desejo e realidade se chocam, o passado se faz presente e o deslocamento iminente, causa conflito entre o desejo e a realidade do mundo exterior, que frustra.

A culpa, como reação mental, pode conduzir a um conflito ainda maior, com fios ligados a julgamentos, critica, agressão, não aceitação, dramas ou submissão e reparação, que por medo de punição, parte para o ataque como defesa de si (do Ego).

Há tanta angustia por trás da excessiva polidez, de uma pessoa, quanto por trás da reação grosseira e ocasionalmente brutal de outra. A diferença está em como as pessoas lidam com a angústia.

A auto percepção poderá ajudar, mas, para tanto, se deve ter conhecimento abrangente de si mesmo. Onde predomina a verdade e não a magia? Onde o passado se faz presente, e onde o presente se vê turvado por um passado que se repete a cada momento nos relacionamentos? Tem que se encontrar as linhas que se formaram, pelas decisões registradas, atitudes persistentes e decisões tomadas, que no momento não são mais necessárias e que devem ser analisadas e descartadas em sua grande maioria.

Os sintomas, sociais e afetivos, se alicerçam em uma interpretação distorcida, onde a conclusão se torna generalizada, por algo não resolvido em um passado encouraçado e distante, mas presente e vivo a cada momento no aqui e agora.

Cada novo, ou velho, relacionamento nos apresenta um momento de complementaridade, em que aparecem peças que faltavam para montar um quebra-cabeças, mas pode também ser um momento de aprender a confrontar, quando alguém, dolorosamente lhe enfia o dedo na ferida.

19 agosto 2010

EMOÇÃO E SAÚDE

As pesquisas (antigas e atuais) demonstram como as emoções alteram e maltratam a saúde.
Desde Platão e Socrates, e, finalmente na modernidade com Freud (Em o Projeto para uma Psicologia Cientifica – 1886/1889), Hawkins, Cohen, LeDoux e tantos outros que se debruçam em pesquisar as ocorrências cerebrais a partir de estimulos emocionais, vêm demonstrando que a doença esta sempre conectada com fatores emocionais, e não há como separar uma coisa da outra.

As emoções, atitudes, objetivos e intenções podem ser ativados sem a participação consciente, e podem influenciar o modo de pensar e agir dos indivíduos. O comportamento é produzido por sistemas cerebrais de atividade Inconsciente.

Como as emoções negativas produzem descarga de substâncias químicas no corpo – como a adrenalina, por exemplo, que quando não utilizada em atitudes de luta e fuga (como em nossos ancestrais), provocam todo tipo de desequilíbrio em órgãos, glândulas, no próprio cérebro, na musculatura, no sistema imunológico... o resultado é o que chamamos doença.

Não é só o estresse do momento, nem tão pouco somente as emoções de uma fase complicada, que se está atravessando, mas o que é armazenado, secretamente guardado desde o nascimento. Várias emoções presas, pequenos ou grandes traumas, pequenas ou grandes tristezas, mágoas, rejeições, frustrações, desgosto que provocam o desgaste físico, à partir do emocional desequilibrado.

Não há ser humano que não tenha “armazenado” em seu inconsciente algo de doloroso, ou negativo. Esses sentimentos e percepções da vida vão se acumulando e ficando cada vez mais pesados e refletindo cada vez mais em um emocional adoecido, até causar um dano, um estrago no corpo físico, a DOENÇA.

A emoção origina-se de representação e da interpretação, básica interna, da situação observada, ou vivenciada. A Consciência tem por tarefa fazer de nossa vida uma história coerente, produzindo explicações para o comportamento com base em nossa auto-imagem, lembranças do passado, expectativas futuras, situação social é no meio ambiente que se re-produz o comportamento, saudável ou adoecido.

Modificando-se a interpretação, modifica-se a emoção. Fazendo Consciente o que é Inconsciente.
Grande parte das atividades emocionais do cérebro acontece no Inconsciente-Emocional.
Os quadros clínicos delineados por Freud, e firmados por seus sucessores, ainda são as formas mais comuns de sofrer e fazer sofrer.

Quando o dia-a-dia pesa ou machuca, lá estão os fenômenos psíquicos, individuais, escancarados e evidentes.

14 julho 2010

EMOÇÃO E VIDA

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As pesquisas (antigas e atuais) demonstram como as emoções alteram e maltratam a saúde.

Desde Platão e Socrates, e, finalmente na modernidade com Freud (Em o Projeto para uma Psicologia Cientifica – 1886/1889), Hawkins, Cohen, LeDoux e tantos outros que se debruçam em pesquisar as ocorrências cerebrais a partir de estimulos emocionais, se vem demonstrando que a doença esta sempre conectada com fatores emocionais, e não há como separar uma coisa da outra.

As emoções, atitudes, objetivos e intenções podem ser ativados sem a participação consciente, e podem influenciar o modo de pensar e agir dos indivíduos. O comportamento é produzido por sistemas cerebrais de atividade Inconsciente.

Como as emoções negativas produzem descarga de substâncias químicas no corpo – como a adrenalina, por exemplo, que quando não utilizada em atitudes de luta e fuga (como em nossos ancestrais), provocam todo tipo de desequilíbrio em órgãos, glândulas, no próprio cérebro, na musculatura, no sistema imunológico... o resultado é o que chamamos doença.

Não é só o estresse do momento, nem tão pouco somente as emoções de uma fase complicada, que se está atravessando, mas o que é armazenado, secretamente guardado, desde o nascimento. Várias emoções presas, pequenos ou grandes traumas, pequenas ou grandes tristezas, mágoas, rejeições, frustrações, desgosto que provocam o desgaste físico, à partir do emocional desequilibrado.

Não há ser humano que não tenha “armazenado”, em seu inconsciente, algo de doloroso, ou negativo. Esses sentimentos e percepções da vida vão se acumulando, e ficando cada vez mais pesados, e refletindo cada vez mais em um emocional adoecido, até causar um dano, um estrago no corpo físico, a DOENÇA.

A emoção origina-se de representação e da interpretação, básica interna, da situação observada, ou vivenciada.

A Consciência tem por tarefa fazer de nossa vida uma história coerente, produzindo explicações para o comportamento com base em nossa auto-imagem, lembranças do passado, expectativas futuras, situação social. É no meio ambiente que se reproduz o comportamento, saudável ou adoecido. Representa-se (atua-se) no meio ambiente, o que está guardado no inconsciente.

Modificando-se a interpretação dos acontecimentos, modifica-se a emoção relacionada a eles, desta forma faz-se Consciente o que é Inconsciente. Grande parte das atividades emocionais do cérebro acontece no Inconsciente, no Inconsciente-Emocional.

  • Os quadros clínicos delineados por Freud, e firmados por seus sucessores, ainda são as formas mais comuns de sofrer e fazer sofrer.
    Quando o dia-a-dia pesa ou machuca, lá estão os fenômenos psíquicos,
    individuais, escancarados e evidentes.
Ninguém faz nada contra ninguém, faz a FAVOR DE SI, seja o que for, fará sempre em favor de SI.

06 julho 2010

CRENÇA E REALIDADE

  • Crença significa a forma como se cria a realidade.

A maioria das pessoas não vai atrás daquilo que quer. Freqüentemente desenvolvem um objetivo de fazer aquilo que PENSAM que podem fazer baseado no plano daquilo que, racionalmente (por vezes irracionalmente), acreditam.

Maioria das vezes, as pessoas pensam naquilo que NÃO querem, e se perguntam por que essas coisas aparecem repetidamente em suas vidas. É como se cada pessoa fosse especializada em uma desordem. Provando de forma, consciente ou inconsciente, que sua CRENÇA é real, que seus medos se justificam, e que pode ser comprovada através das várias tentativas, IGUAIS, que praticou durante toda a vida.

Crenças, inconscientes ou não, estão criando essas ocorrências.

Suas preocupações (crenças internas) se manifestarão, mais cedo ou mais tarde, no mundo externo. É a manifestação das crenças, ao vivo e a cores, no aqui-e-agora, comprovando de forma irrefutável sua veracidade e credibilidade.

Cada um de nós tem limites, que colocamos, em nossa própria liberdade.

Até que as crenças que estão criando essas ocorrências sejam modificadas, as ocorrências continuarão se repetindo, para avalizar e justificar a própria crença.

Até que se removam as crenças, antigas, e ocultas, culpar-se-á outras pessoas por problemas causados pelas próprias atitudes, responsabilizando o destino ou talvez o próprio Deus.

O que se tem é o resultado direto de crenças antigas, que geram emoções, lideradas por pensamentos, e interpretadas de acordo com a situação apresentada e ajuizadas de acordo com a própria crença, que justifica a não tomada de atitude DIFERENTE.

Sua energia emocional, amalgamada ao medo e a ignorância de suas possibilidades, envia os sinais que atrai mais daquilo que se está evitando.

A energia projetada, no afã de proteger-se ou preservar-se de dissabores, é o resultado destrutivo e frustrante do obtido.

Mude os sinais (pensamentos/ interpretações/ intenções/ crenças) e os resultados serão diferentes. Abra-se para realmente ver as possibilidades que se apresentam todos os dias.

- Uma vez que se cuida do “dentro”, obter-se-á resultado no “fora”, no aqui-e-agora.

Muitas vezes pensamentos, insignificantes, causam grandes perdas emocionais. Somos lideres de nossas interpretações. Controlamos como as situações influenciarão nosso momento.

Certa vez ouvi a frase: “Estou onde me coloquei, e somente EU posso sair deste lugar”.

Portanto, a MUDANÇA dependerá apenas de cada sujeito, própria e individual em sua experiância, é o desejo de modificar o lugar onde se colocou ao longo da própria experimentação.

Uma vez aprendida a lição, não se precisa mais daquela experiência. Quebra-se o paradigma da repetição, estará aberta as portas para novas e mais edificantes situações e aprendizados.

Perdemos muito, muitas novas experiências, pelo simples medo de tentar.

16 junho 2010

A Auto-Ajuda e a Busca Espiritual


Em quase todas as livrarias do mundo, encontramos livros de auto-ajuda. Vendem aos milhões.
Porque de fato ajudam as pessoas a compreenderem certos padrões internos que geram sofrimentos: doenças, fracassos profissionais, desilusões nos relacionamentos, solidão, desânimo, falta de estima por si mesmas, falta de sentido na vida, etc.
Utilizando antigos ensinamentos com nova linguagem, e modernas técnicas de reprogramação psicológica, estes livros nos auxiliaram, individualmente, a sacudir nossas velhas crenças e práticas individuais, quando estivemos dispostos a promover mudanças pessoais.

Porém, por mais que revistemos livrarias e bibliotecas, dificilmente encontramos livros de ajuda-mútua. Livros que de fato ajudem a mudar antigas crenças e práticas sociais, que geram sofrimentos em coletividades humanas: fome, doenças endêmicas, desemprego, analfabetismo, violência, falta de liberdade, discriminação dos “diferentes”, marginalização da cidadania; enfim, para a falta de condições para uma vida digna.

No final do século passado, em quase todas as livrarias do mundo encontrávamos também muitos livros dedicados à chamada busca individual, que refloresceu na medida em que nos aproximávamos do terceiro milênio. Estes livros, igualmente, venderam aos milhões. São livros que ajudam as pessoas a dar um significado para as suas próprias vidas, individualmente, separados do meio sócio/cultural/econômico em que vivem.

A maioria desses livros enfatiza os esforços do indivíduo para “evoluir”, por seus próprios méritos, através do estudo, da perseverança, da observância de certos exercícios e práticas. Raríssimos eram aqueles livros que falavam de uma espiritualidade que não só pudesse, mas devesse ser vivida coletivamente, por uma comunidade concreta de pessoas comuns na observância de si diante dos acontecimentos, que dissertasse sobre a responsabilidade individual gerando resultados na coletividade.

Ninguém fala nos milagres que podem ocorrer num coletivo cooperante, ou seja, numa comunidade onde pessoas decidam trabalhar juntas, para promover a vida e a liberdade e para aliviar os sofrimentos de outros seres humanos.

Quanto já se ouviu falar sobre karma, impondo culpas, expiações, desculpas para não participação ou responsabilidade?
  • “__A culpa é dessas próprias pessoas. Do seu karma! Aqueles que fizerem por merecer acabarão encontrando seu próprio caminho.”

Quantas vezes já ouvimos:

  • “__Eu não assumo nenhuma culpa por essa situação! O mundo sempre foi assim e nós não vamos conseguir consertá-lo da noite para o dia!”. Da noite para o Dia?
    Ou então ouviria:
    ”- Eu já estou fazendo a minha parte. Se eu me amar mais e melhor; certamente conseguirei mudar meus semelhantes!”.

Me amar mais e melhor? Será que realmente alguém sabe como se faz isso?

Fazendo perguntas como esta você ouviria vários tipos de respostas indiretas. Ouviria “teorias” sobre a sucessão das “eras”, dos ciclos, das raças, das civilizações. Pois bem, os que ficavam plenamente satisfeitos com as respostas obtidas, não se incomodavam em procurar um novo caminho.

Pelo contrário, AQUELES que sentiam estar “faltando alguma coisa”, nas explicações fornecidas pelos manuais de auto-ajuda e pelos livros de auto desenvolvimento, tentaram levar em consideração outros pontos de vista. Pontos de Vista mais amplos, mais profundos e menos mágicos.

Passaram a entender que se podem melhorar a sua vida, quebrar seus próprios paradigmas, então podem, também, melhorar a vida de muita gente.

Meus projetos envolvem a apremissa de que se você pode encontrar o seu próprio caminho de desenvolvimento interior, então você poderá caminhar com os seus semelhantes, para construir um caminho espiritual junto com eles. Ou seja, a auto-ajuda depende da ajuda-mútua. E o auto desenvolvimento depende do comum-desenvolvimento.

Um famoso estudioso dos mitos, chamado Joseph Campbell, disse que o inicio da humanidade acontece “quando, no nível do coração, você desperta para a compaixão, sofrimento partilhado: participação efetiva no sofrimento de outra pessoa”. Desta forma se consegue entender os próprios sentimentos, compadercer-se de si, perceber-se integrado.

O difícil é resistir a tentação de mudar primeiro os outros no presente, e a nós mesmos no futuro. “-Amanhã. Depois de amanhã. Quando tiver condições. Logo que conseguir isso. Quando mudar de emprego. Quando me aposentar. Quando terminar minha tese. Quando ganhar na loteria. Se eu ficar bem de saúde...”.

O difícil é agir no presente, primeiro consigo mesmo, crescendo, amadurecendo aos poucos, exercitando a compaixão interior, o não julgamento de si e dos outros; sem ser compassivo ou permissivo, apenas justo.

Nas coisas mais simples da vida, que visam aliviar os sofrimentos dos seres humanos, é que está o “segredo”.

Todavia, como estamos buscando um caminho para antecipar mudanças de atitudes que contribuam para mudar o paradigma atual, talvez seja necessário que você conheça alguma coisa desse processo de mudança.

O único “prodígio” que se espera que consigamos, não é transformar uma comunidade humana em algo supra-humano, mas em algo apenas mais humano.
É sobre a miséria do velho mundo, seus paradigmas e idéias distorcidas, que temos de trabalhar para produzir o novo mundo.
A miséria do mundo é a nossa matéria-prima para fazer a Grande Obra da Segunda Criação do Mundo, isto é: o Mundo humano.

Portanto, neste caminho de comum-desenvolvimento não adianta você se refugiar no topo do mundo, no Himalaia ou em Machu-Pichu, para trabalhar o seu desenvolvimento espiritual. Não adianta você se trancar num mosteiro e cerca-se de homens e mulheres puros. É preciso compreender que aqui não se trata de pureza, mas de dádiva, de compartilhar.

As necessidades humanas de uns, são as oportunidades para a realização de outros. Por isso é que elas são nossas matérias-primas. Se o seu semelhante não tem necessidades você também não pode ter oportunidades. Se ninguém precisasse de você, você não seria necessário, infelizmente. Porque neste caso não lhe seriam dadas as condições o auto desenvolvimento.

Tente pensar assim: existem outras pessoas que têm necessidades, e que precisam da sua ajuda. Não da ajuda de qualquer ser humano, mas da sua especificamente. No sistema global, nossas potencialidades se desenvolvem quando se “encaixam” em necessidades de outras pessoas, que são só delas.

Por outro lado, nossas necessidades originais são as oportunidades para o desenvolvimento de outras pessoas. De sorte que, na “ecologia” global do sistema, necessidade e oportunidade é a mesma coisa.

Ao exercitar a ajuda-mútua e trabalhar para o comum-desenvolvimento, você estará, ao mesmo tempo, se ajudando e se desenvolvendo também.

Mas parece óbvio: você só pode fazer isso se tiver um contato humano, pessoal, com outras pessoas. Se estiver con-vivendo ou vivendo em comunidade.

Quebrando o Círculo do ódio

Algumas vezes, Deus usa uma mensagem de um incrédulo para nos fazer repensar nossas atitudes.

O Círculo do Ódio

1 - O diretor de uma empresa gritou com seu gerente porque estava irritadíssimo.

2 - O gerente, chegando a casa, gritou com a esposa, acusando-a de gastar demais.

3 - A esposa, nervosa, gritou com a empregada, que acabou deixando um prato cair no chão.
4 - A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara enquanto limpava os cacos de vidro.
5 - O cachorrinho saiu correndo de casa e mordeu uma senhora que passava pela rua.
6 - Essa senhora foi à farmácia para fazer um curativo e tomar uma vacina.Ela gritou com o farmacêutico porque a vacina doeu ao ser aplicada.

7 - O farmacêutico, ao chegar em casa, gritou com a esposa porque o jantar não estava do seu agrado.

8- Sua esposa afagou seus cabelos e o beijou, dizendo: Querido! Prometo que amanhã farei seu prato favorito. Você trabalha muito. Está cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da nossa cama por outros límpidos e cheirosos para que durma tranqüilo. Amanhã você vai se sentir melhor. Retirou-se e deixou-o sozinho com seus pensamentos.
Neste momento rompeu-se o Círculo do Ódio! Esbarrou na tolerância, na doçura, no perdão e no amor.

Se você está no Círculo do ódio, lembre-se de que ele pode ser quebrado.


"1. Não mude sua natureza. Se alguém te faz algum mal, apenas tome precauções.
2. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam.
3. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.
Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você.
E o que os outros pensam, é problema deles."

03 novembro 2009

Inveja e Ciúme

INVEJA E CIUMES:
Sirlene de Oliveira Souza
Psicanalista Integrativa, Terapeuta TVP e MPT, e
Numeroterapeuta.
Tem-se a tendência de confundir inveja com ciúmes.
A linguagem cotidiana parece evitar o conceito de inveja, e tender a substituí-lo pelo de ciúmes.
O ciúme baseia-se em uma relação de amor e visa ter o objeto amado e à remoção do rival. O ciúme é o sentimento de “cuidar” do objeto amado, protegê-lo.
A inveja é a relação em que o sujeito deseja alguma posse ou qualidade do objeto desejado – fundir-se a ele ou destruí-lo.
A inveja que o homem tem da potência ou das posses de outro, a inveja que as mulheres têm uma das outras, por exemplo. O desejo de ter, e, achar-se impotente para conseguir alcançar o que se observa no Outro.
Podemos perceber como de forma dissimulada, os invejosos se apresentam diante das situações corriqueiras da vida cotidiana. Na sua maioria são pessoas com as “melhores intenções”, agindo para o “bem” dos outros, pontuando situações, só percebidas por eles, uma visão que somente “pode acrescentar” na amizade ou no relacionamento.
São fofoqueiros de plantão, “pré-ocupados” com o “bem estar” dos outros. Têm de ser “honestos”. Sentem-se incomodados com a felicidade ou com a paz de espírito de seus “amigos”.
A própria fonte de desejo é tornada má, e, portanto, tem de ser destruída ou tornada obscura, ridicularizada ou até mesmo anulada, jamais poderá ser considerada boa por não poder ser alcançada. É esse aspecto danificador da inveja, que é tão destrutivo.
A inveja, embora surgindo a partir do desejo de ser igual, ou obter o que está na posse do outro, é impregnada de instinto de destruição e morte.
A media que cresce a ansiedade, o sentimento de culpa torna-se aumentado, e a necessidade de destruir essa figura de “desafeto” acaba por tornar-se prioridade, assim em fantasia ataca, pelo olhar (mau-olhado), pelo “descaso”, ou discursos de desaprovação ou julgamento, para poder salvar-se de sua própria inveja.
São os penosos sentimentos de inveja, que acarretam o desejo de danificar as qualidades dessa figura que lhe pode dar esses sentimentos penosos de impossibilidade ou impotência.
Fundindo-se a inveja e a voracidade, o desejo é conduzido à destruição dessa figura representativa da própria impossibilidade de ser, de modo a que não reste mais nada a ser invejado. – “O que os olhos não vêm o coração não sente!”.
Ao tentar satisfazer a inveja o ser é torturado por solidão, remorso, culpa e perseguição; a infelicidade cresce. Torna-se um processo obsessivo e compulsivo, onde nada mais se percebe além daquilo que se tenta destruir, na intenção de incorporar energia de apresso e gratidão. A fantasia de ter sido muito “bom”, e por isso mesmo, deverá ser reconhecido pelos outros, naquilo em que não consegue se reconhecer. Torna-se submisso e ao mesmo tempo em que a arrogância – leia-se insegurança, torna-se figura de destaque.
Em um desenvolvimento normal, a inveja se torna mais integrada. A gratificação experimentada estimula a admiração, o amor e a gratidão, ao mesmo tempo em que é inveja.
A inveja consciente de que se pode ser tão bom, ou melhor, que alguém ou alguma coisa, a inveja que se utiliza das qualidades do Outro como exemplo a ser seguido ou como um sinalizador em seu próprio desenvolvimento pessoal, e que, portanto, gera gratidão por encurtar o caminho de aprendizado. “Quero ser igual a... vou conseguir isso também”.
Somente a gratidão supera e modifica a inveja.
Assim num círculo benevolente, a inveja diminui à medida que aumenta a gratidão; a diminuição da inveja permite maior gratidão, que por sua vez, incrementa a diminuição da inveja.
O sentimento de inveja, embora enfraquecido, sempre permanece. Essa inveja que permanece, quando não mais sentida como destrutividade devastadora, não mais dará origem a sentimentos avassaladores de culpa, ansiedade, medo e perseguição.
Conforto não é sinônimo de harmonia, assim como prazer não é sinônimo de felicidade. Sem desconfortos e desprazeres estaríamos fortemente condicionados à estagnação. A inveja, o sentimento de superar o outro é a grade alavanca de desenvolvimento e aprimoramento do ser humano. Mas, a inveja, sem gratidão, torna-se geradora de destruição e estagnação.
Vida é desafio, é mudança, é conquista e, sobretudo, é um diálogo franco e direto com a realidade.

23 maio 2009

DESCONFIANÇA de tempo suspeito- (1ª parte)

Tempo do prazer é um tempo suspeito. Essa desconfiança está em relação com o corpo e o tempo finito do corpo que morre. O corpo desmente a maior desconfiança, ele decai. Há uma revolta e um massacre do corpo. Ele é finito.
Falta tempo.
Vivencia-se pouco o corpo, apesar de visualizá-lo em out-doors. Culto ao corpo. O envelhecimento do corpo, hoje, com mais tempo do corpo em vida, não sabe muito bem o que fazer; não se tem conhecimento de como é viver muito, viver longamente. Criam-se atividades para dar sentido ao corpo.
O tempo de lazer (nos finais de semana) não é articulado, mas um processo compensatório.
A modernidade – intenção imediata; diminui as distâncias com os acontecimentos. São muitos os contatos em menor tempo. O acesso é diferente do direito (esforço em relação à conquista), a falta do deslocamento físico para ter acesso, não se traduz em direito.
Olhar a si mesmo, e olhar o outro demanda tempo; refletir, pensar, sentir. Caminho da desaceleração. Na aceleração de movimentos, escravos da velocidade, escravos do sentimento de dever. Articular o tempo entre obrigação (dever) e prazer (liberdade). No dever há obrigação de fazer em menor tempo, e o corpo treinado, para ser produtivo, um instrumento prático. O corpo “coisificado”. O corpo automatizado ao tempo - o corpo subordinado ao trabalho; cadeirante passa a maior parte do tempo sentado; repete movimentos.
O corpo não é o corpo real, é idealizado, ilusionado ideal. Conquista-se o direito de manipular a idade. Não é permitido envelhecer, mas as várias articulações para a permanência no jovem. Adquire-se o direito sobre a massa corpórea, regiões determinadas do corpo passam a ser cuidadas porque serão vistas – imagem. Valorizar o visual é o realce na sociedade do olhar, o culto ao corpo como forma de “reforço” da auto-estima.
A fase infantil tende a ser superada – não há tempo para privilegiar a infância, não há tempo para que a infância seja vivenciada como tal. O mercado, a sociedade do olhar oferece: top-model, miss isso, miss aquilo, fundamentada no prazer.
Durante toda a vida existe um projeto para o corpo. Desde o nascimento se recebe instruções externas, a pessoa não sabe bem o que fazer, no contexto geral. Fica a espera do recebimento de instruções. O corpo no fazer, perde-se do ser. O sentido emocional distancia-se, perde-se o determinismo.
Pensar na vida como processo é o tempo como possibilidade; em determinado momento perceber a vida como possibilidades futuras de viver um novo tempo diferente.

28 novembro 2008

TVP - Terapia de Vidas Passadas e o Espiritismo

O que a Terapia de Vida Passada e a Doutrina Espírita têm em comum?
Como terapeuta de vida passada, poderia afirmar algumas coisas.
Em primeiro lugar, a TVP é uma linha de psicoterapia que trabalha com a hipótese científica da reencarnação, e partindo deste pressuposto, cremos que tudo o que somos hoje, nossas qualidades, defeitos, pontos fracos, pontos fortes, enfim, nosso temperamento e, principalmente nosso caráter, seria a somatória de todas as experiências agradáveis e desagradáveis que passamos desde a nossa criação, passando por todas as nossas vivências até o minuto que acabou de passar.
Então, como reencarnacionista, parece que nada acontece à toa, fatos felizes e infelizes que passamos têm uma causa anterior. Porém, esta terapia não é um privilégio de quem é espírita, pois ninguém é dono da verdade, não é mesmo?
Afinal de contas, um trabalhador cumpridor de seus deveres pode realizar, em termos espirituais muito mais do que aquele que reza, e só reza o dia inteiro...
Sabemos que não se pode dar futilidade a esta terapia, visto que nosso inconsciente, este pequeno grande gravador dos fatos da vida (de todas elas), não se abre à toa, pois ele mesmo tem seu mecanismo de defesa.
Ë claro, que aparece, às vezes, no consultório aquele tipo de paciente, que gostaria de se submeter à TVP, para saber se foi algum rei ou rainha de nossa rica história (em tempo, ninguém vai para querer saber se já poderia ter sido um escravo ou um mendigo, por exemplo).
Mas, o que vemos mesmo, é que nossos personagens do passado são pessoas comuns e normais como exatamente somos hoje.
Outro motivo de grande procura é a curiosidade de se reconhecer parentes atuais em nossas vidas passadas, outro engano, pois não há o reconhecimento de ninguém. Nosso inconsciente e a própria espiritualidade não permite que isso aconteça. Só se vai saber o que for estritamente o necessário, porém nem sempre o que vem de conteúdo é aquilo que gostaríamos de ter conhecimento.
A TVP, desde que praticada seriamente e com conceitos éticos, pode oferecer resultados muito bons ao paciente.
E como tudo isto é feito?
Ë claro que, se procuramos a TVP é porque estamos sofrendo de alguma maneira, por exemplo: depressão, fobias, síndrome do pânico, etc. Porém se não houver um abrandamento de nosso caráter, nosso jeitinho de ser, que parece que vem se repetindo por vidas sucessivas, não existe a cura para nada.
Qual de nós, em algum momento não demos uma rateada por nosso orgulho, egoísmo ou pela nossa prepotência?
Coisas como paciência, tolerância, fé e resignação não estão escritas em nenhum livro de psicologia ou psiquiatria.
E é exatamente isso que a TVP vem alertar aos pacientes, que, por exemplo: se quisermos nos livrar de uma depressão recorrente de anos de tratamento, com trocas mensais de medicamentos, caros por sinal, se continuamos querendo tudo do nosso jeito?
A TVP vem para quebrar o círculo vicioso de nosso passado. Ou seja, se não houver uma reforma íntima, uma mudança de nosso padrão de comportamento não há cura.
É ai que entra a TERAPIA em TVP, sua visão é para o ser, seu caráter, como é seu funcionamento psíquico, quais padrões que se repetem, nesta vida, quais são suas intolerâncias, o que não suporta, quais são suas reações diante das dificuldades (ou não) apresentados a ele no presente.
Através do processo psicoterapêutico, utilizamos o processo de Regressão Terapêutica (TVP) para acessar os conteúdos inconscientes (desta ou de outra vida) e promovermos a modificação dos padrões de comportamento, não conscientes, naturalmente, do jeito de ser emocional do sujeito, e ele por si mesmo determina seu envolvimento com suas vidas passadas. O que deve aproveitar; o que deve desconsiderar, o que deve reciclar.
Quais situações passadas são de sua responsabilidade e quais lhe foram impostas, por crenças e valores e que, até o momento, lhe fazem frente às ações?
O processo de acessamento aos conteúdos inconscientes em processo terapêutico de TVP é absolutamente guiado por cada indivíduo, cada pessoa, cada necessidade. Tratado com o respeito, o inconsciente somente irá lhe permitir acessar aquilo que, neste momento, está maduro para se modificar ou reconhecer. Nada será acessado, nada será entendido ou modificado se o ser superior (inconsciente) não o permitir.
Por esse motivo o conhecimento dos processos utilizados pelo inconsciente, tais como os mecanismos de defesa do ego, devem ser conhecidos e trabalhados em processo terapêutico, desta forma, evitam-se muitas horas de terapia e acesso – incorretos – a conteúdos ancestrais. Apenas uma “visita” (consciente) ao passado presente, é capaz de modificar padrões, modificar crenças e pensamentos, modificar estrutura de caráter distorcido e desta forma tornando o sujeito mais adaptável à sua situação atual, modificando padrões de comportamento, repetidos há anos.
O que configura a loucura é continuar com a mesma atitude e esperar resultado diferente.
Modificando o comportamento emocional, modificando a atitude, o resultado, com certeza, será diferente.
O conhecimento trás a responsabilidade, portanto é um processo que deve ser trabalhado com muito respeito, com imparcialidade, sem julgamento ou pré-concepção de qualquer tipo.
O terapeuta em TVP, o terapeuta holístico de modo geral, acima de qualquer outro, deve ter em seu coração o desejo de ajudar, transgredir possibilidades, não é em absoluto aceitável. Julgar além dos fatos apresentados é algo impensável em terapia, ou em qualquer outra área que atue com o sentimento, ou a condição humana.
Como terapeutas deparamo-nos muitas vezes, porque não dizer, na maioria das vezes, com pessoas que sofrem, com dores, físicas ou emocionais, que claramente estão regredidas e não sabem. Não têm conhecimento de seu estado constante, de regressão, de encapsulamento no tempo. Cabe a nós, com amor, compreensão, atenção e conhecimento (sabedoria interna – muitas vezes), trazermos o indivíduo para o presente, não levá-lo mais para longe de si mesmo.
Esse é nosso trabalho, fazer com que o sujeito esteja no presente, vivendo e experienciando cada situação de sua vida HOJE, no AGORA. Se estiver regredido, trazê-lo para o hoje. Se estiver sofrendo, levá-lo ao passado para encontrar explicações maduras para seu sofrimento presente.
É um vai e vem, sempre no presente. Não vamos ao passado, o indivíduo em terapia vai ao passado inconsciente, trás a problemática, trabalhamos junto com ele, e o libertamos daquilo que ele, sujeito, não aceita, não entende, não sabia que estava lá.