14 julho 2010

EMOÇÃO E VIDA

.
As pesquisas (antigas e atuais) demonstram como as emoções alteram e maltratam a saúde.

Desde Platão e Socrates, e, finalmente na modernidade com Freud (Em o Projeto para uma Psicologia Cientifica – 1886/1889), Hawkins, Cohen, LeDoux e tantos outros que se debruçam em pesquisar as ocorrências cerebrais a partir de estimulos emocionais, se vem demonstrando que a doença esta sempre conectada com fatores emocionais, e não há como separar uma coisa da outra.

As emoções, atitudes, objetivos e intenções podem ser ativados sem a participação consciente, e podem influenciar o modo de pensar e agir dos indivíduos. O comportamento é produzido por sistemas cerebrais de atividade Inconsciente.

Como as emoções negativas produzem descarga de substâncias químicas no corpo – como a adrenalina, por exemplo, que quando não utilizada em atitudes de luta e fuga (como em nossos ancestrais), provocam todo tipo de desequilíbrio em órgãos, glândulas, no próprio cérebro, na musculatura, no sistema imunológico... o resultado é o que chamamos doença.

Não é só o estresse do momento, nem tão pouco somente as emoções de uma fase complicada, que se está atravessando, mas o que é armazenado, secretamente guardado, desde o nascimento. Várias emoções presas, pequenos ou grandes traumas, pequenas ou grandes tristezas, mágoas, rejeições, frustrações, desgosto que provocam o desgaste físico, à partir do emocional desequilibrado.

Não há ser humano que não tenha “armazenado”, em seu inconsciente, algo de doloroso, ou negativo. Esses sentimentos e percepções da vida vão se acumulando, e ficando cada vez mais pesados, e refletindo cada vez mais em um emocional adoecido, até causar um dano, um estrago no corpo físico, a DOENÇA.

A emoção origina-se de representação e da interpretação, básica interna, da situação observada, ou vivenciada.

A Consciência tem por tarefa fazer de nossa vida uma história coerente, produzindo explicações para o comportamento com base em nossa auto-imagem, lembranças do passado, expectativas futuras, situação social. É no meio ambiente que se reproduz o comportamento, saudável ou adoecido. Representa-se (atua-se) no meio ambiente, o que está guardado no inconsciente.

Modificando-se a interpretação dos acontecimentos, modifica-se a emoção relacionada a eles, desta forma faz-se Consciente o que é Inconsciente. Grande parte das atividades emocionais do cérebro acontece no Inconsciente, no Inconsciente-Emocional.

  • Os quadros clínicos delineados por Freud, e firmados por seus sucessores, ainda são as formas mais comuns de sofrer e fazer sofrer.
    Quando o dia-a-dia pesa ou machuca, lá estão os fenômenos psíquicos,
    individuais, escancarados e evidentes.
Ninguém faz nada contra ninguém, faz a FAVOR DE SI, seja o que for, fará sempre em favor de SI.

06 julho 2010

CRENÇA E REALIDADE

  • Crença significa a forma como se cria a realidade.

A maioria das pessoas não vai atrás daquilo que quer. Freqüentemente desenvolvem um objetivo de fazer aquilo que PENSAM que podem fazer baseado no plano daquilo que, racionalmente (por vezes irracionalmente), acreditam.

Maioria das vezes, as pessoas pensam naquilo que NÃO querem, e se perguntam por que essas coisas aparecem repetidamente em suas vidas. É como se cada pessoa fosse especializada em uma desordem. Provando de forma, consciente ou inconsciente, que sua CRENÇA é real, que seus medos se justificam, e que pode ser comprovada através das várias tentativas, IGUAIS, que praticou durante toda a vida.

Crenças, inconscientes ou não, estão criando essas ocorrências.

Suas preocupações (crenças internas) se manifestarão, mais cedo ou mais tarde, no mundo externo. É a manifestação das crenças, ao vivo e a cores, no aqui-e-agora, comprovando de forma irrefutável sua veracidade e credibilidade.

Cada um de nós tem limites, que colocamos, em nossa própria liberdade.

Até que as crenças que estão criando essas ocorrências sejam modificadas, as ocorrências continuarão se repetindo, para avalizar e justificar a própria crença.

Até que se removam as crenças, antigas, e ocultas, culpar-se-á outras pessoas por problemas causados pelas próprias atitudes, responsabilizando o destino ou talvez o próprio Deus.

O que se tem é o resultado direto de crenças antigas, que geram emoções, lideradas por pensamentos, e interpretadas de acordo com a situação apresentada e ajuizadas de acordo com a própria crença, que justifica a não tomada de atitude DIFERENTE.

Sua energia emocional, amalgamada ao medo e a ignorância de suas possibilidades, envia os sinais que atrai mais daquilo que se está evitando.

A energia projetada, no afã de proteger-se ou preservar-se de dissabores, é o resultado destrutivo e frustrante do obtido.

Mude os sinais (pensamentos/ interpretações/ intenções/ crenças) e os resultados serão diferentes. Abra-se para realmente ver as possibilidades que se apresentam todos os dias.

- Uma vez que se cuida do “dentro”, obter-se-á resultado no “fora”, no aqui-e-agora.

Muitas vezes pensamentos, insignificantes, causam grandes perdas emocionais. Somos lideres de nossas interpretações. Controlamos como as situações influenciarão nosso momento.

Certa vez ouvi a frase: “Estou onde me coloquei, e somente EU posso sair deste lugar”.

Portanto, a MUDANÇA dependerá apenas de cada sujeito, própria e individual em sua experiância, é o desejo de modificar o lugar onde se colocou ao longo da própria experimentação.

Uma vez aprendida a lição, não se precisa mais daquela experiência. Quebra-se o paradigma da repetição, estará aberta as portas para novas e mais edificantes situações e aprendizados.

Perdemos muito, muitas novas experiências, pelo simples medo de tentar.